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Produção independente: como ser mãe solo 

A produção independente, facilitada pela medicina reprodutiva moderna, permite que mulheres sigam o caminho da maternidade solo sem a necessidade de um parceiro. No caso das mulheres, várias são as razões que levam a essa escolha, como idade avançada, priorização da carreira, relacionamentos malsucedidos, entre outras.  

Esse processo, chamado produção independente, é possível através de técnicas de reprodução assistida como a inseminação intrauterina e a fertilização in vitro (FIV). 

No texto a seguir, você vai saber o que é preciso para que uma mulher seja mãe solo. Você também pode ler mais sobre este tema em um artigo em nosso blog (https://www.huntington.com.br/tratamentos/producao-independente/).   

Como é realizada a produção independente para as mulheres? 

No caminho para a maternidade solo, a produção independente oferece duas principais técnicas de reprodução assistida para mulheres

Inseminação intrauterina 

Nesta técnica de menor complexidade para produção independente, o gameta de um doador é introduzido diretamente no útero da mulher durante seu período fértil. 

O tratamento de inseminação intrauterina tem início com a administração de medicamentos hormonais por cerca de 10 dias para estimular um crescimento maior de folículos (estruturas que abrigam os óvulos). 

Quando esses folículos atingem aproximadamente 18 a 20 mm (esse processo é acompanhado por exames de ultrassonografia), um novo hormônio é administrado (hCG) para estimular a ovulação. Ela ocorrerá cerca de 36 horas após o uso da medicação. 

No dia determinado pelo especialista em reprodução assistida, o sêmen do doador será então introduzido no útero por meio de um cateter fino acoplado a uma seringa para que ocorra a fecundação.  

Fertilização in vitro (FIV) 

Na fertilização in vitro para produção independente para mulheres (técnica considerada de maior complexidade), os óvulos são fertilizados pelo espermatozoide em ambiente laboratorial. Quando o embrião é formado, ele é implantado no útero para que a gestação se desenvolva.  

Neste tratamento de reprodução assistida, a mulher também faz uso de medicações hormonais para aumentar o número de óvulos maduros prontos para serem fecundados. Quando os gametas femininos atingem a maturidade ideal, são coletados, por meio de uma punção, feita com agulha fina, com anestesia, para que sejam preparados para serem inseminados pelos espermatozoides.   

Quando o embrião formado atinge a fase de desenvolvimento ideal – o que ocorre cerca de três a cinco dias após a fecundação – ele é transferido para a cavidade uterina, por meio de um fino cateter inserido no colo do útero, guiado por ultrassom. 

Se você deseja saber mais sobre as principais diferenças entre as duas técnicas, acesse o conteúdo exclusivo que preparamos para o nosso blog (https://cenafert.com.br/inseminacao-intrauterina-ou-fiv-qual-a-diferenca/).  

Como se preparar para a produção independente? 

Preparar-se para a maternidade solo através da produção independente envolve várias etapas importantes.

Ao optar por ter um filho sem parceiro, a mulher precisa se preparar para essa jornada. O primeiro passo é buscar uma clínica especializada com profissionais capacitados para avaliar sua condição física e de fertilidade.  

Durante essa primeira consulta, o médico apresentará as opções de tratamento para a produção independente feminina, as etapas envolvidas, além de solicitar exames que avaliem a saúde de maneira geral. Essa avaliação da saúde inclui a realização de exames laboratoriais (dosagem do hormônio anti-mülleriano, entre outros) e exames de ultrassom para que seja realizada a contagem dos folículos ovarianos e a avaliação da anatomia uterina.    

Para a mulher que deseja ser mãe solo, adotar hábitos de vida saudáveis assim que essa decisão é tomada é fundamental para que a gestação ocorra de maneira tranquila. Cuidar da alimentação, praticar atividades físicas regularmente, não beber e não fumar são as primeiras ações que devem fazer parte da nova rotina.   

O apoio emocional é outro ponto que deve ganhar atenção especial. Ser mãe solo não é uma tarefa simples e exige muito da mulher, em todos os aspectos. Nesse período, dificuldades e desafios podem surgir, por isso é importante contar com o suporte de amigos, familiares ou grupos de apoio. 

Como escolher um banco de sêmen? 

Os resultados dos exames sendo normais, é hora de escolher um banco de sêmen, no Brasil ou no exterior. A clínica de reprodução assistida orienta a mulher que deseja ser mãe solo sobre todo o procedimento. 

A identidade do doador deve ser mantida anônima, mas suas características são disponibilizadas em fichas que contêm diversos dados, como características físicas, tipo sanguíneo, profissão, origem étnica, religião e hobby, entre outros. 

Todos os doadores devem atender às regras determinadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para fazer a doação: o homem deve ter até 45 anos; integridade física, mental e sanitária comprovadas, e fertilidade confirmada por exames de análise do sêmen. 

Escolhida a amostra de sêmen pela paciente, a clínica de reprodução humana responsável pelo tratamento realiza o pedido de liberação do material proveniente do banco. 

Para garantir toda a segurança do processo, as clínicas, centros ou serviços onde são feitas as doações devem manter, de forma permanente, um registro com dados clínicos de caráter geral, características fenotípicas e uma amostra de material celular dos doadores, de acordo com a legislação vigente. 

Se preferir, a futura mãe pode optar por um banco de sêmen internacional. Diferentemente das regras vigentes no Brasil, onde o doador não pode ser remunerado, em outros países as pessoas recebem pagamento pela doação. Isso possibilita que os bancos internacionais disponham de uma variedade maior de amostras e, consequentemente, maior diversidade de características.  

Banco de sêmen nacional 

Principais características: 

  • Período de espera de 1 a 7 dias para liberação do material; 
  • Anonimato obrigatório; 
  • A doação é voluntária, ou seja, o doador não é remunerado, o que limita as opções de doadores; 
  • Não é permitido verificar fotos do doador; 
  • O doador nunca poderá ser identificado. 

Banco de sêmen internacional 

  • O tempo de espera pode variar de um a três meses; 
  • As normas regulatórias para a doação de sêmen podem variar de acordo com o país, mas na maioria deles não há exigência de anonimato;  
  • Nos Estados Unidos, local mais comum de importação de sêmen, os doadores são pagos para fornecer suas amostras, o que aumenta as opções em relação às características físicas dos doadores; 
  • Pode ser permitido visualizar fotos atuais e de infância do doador; 
  • Além das informações básicas, também podem ser informadas preferências de lazer, aptidões profissionais e também pode ser possível ouvir a voz do doador; 
  • O filho biológico pode requerer a identificação do doador após completar 18 anos. 

Produção independente feminina e congelamento de óvulos  

Para engravidar com óvulos próprios, o ideal é que a gestação ocorra por volta dos 35 anos, devido à queda de qualidade e quantidade de óvulos que ocorre a partir dessa idade. 

Mas é possível ter uma gravidez bem-sucedida por produção independente depois dessa idade, no entanto, para isso, é recomendado que a mulher congele seus óvulos antes dos 35 anos. Assim, eles manterão a qualidade de quando foram congelados. 

Claro que muitas vezes a opção pela maternidade solo vem mais tardiamente, no entanto, os óvulos congelados, se não forem utilizados, podem ser doados para mulheres que não conseguem engravidar com óvulos próprios.  

Quer saber como escolher uma clínica ideal para congelar seus óvulos? Acesse nosso blog. Lá você encontra um artigo completo com todas as informações que você precisa para fazer uma escolha segura. (https://cenafert.com.br/como-escolher-uma-clinica-para-congelar-meus-ovulos/).  

Conclusão 

Como vimos neste artigo, é possível que uma mulher tenha um filho por produção independente, sem a participação de um parceiro. O primeiro passo para transformar esse sonho em realidade é buscar por uma clínica de reprodução assistida que conte com médicos experientes e capacitados nos tratamentos que podem ser oferecidos.  

Também é importante contar com profissionais que forneçam todas as orientações necessárias – incluindo as legais – para que o tratamento possa ser realizado com segurança. 

 

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