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CONGELAMENTO DE ÓVULOS

O congelamento de óvulos dá à mulher a chance de realizar o sonho da maternidade, caso esse seja seu desejo, quando ela estiver preparada para isso

Levanta a mão quem nunca ouviu “e quando vem o bebê?”. Pois é… As mulheres ainda se sentem pressionadas a tomar uma decisão para o resto da sua vida mesmo sem ter certeza de que é o seu momento.

Nos últimos 20 anos as mulheres têm postergado a maternidade. Os motivos para isso são diversos e muito particulares… Carreira, planejamento financeiro, mas o que realmente importa – e o que você precisa saber , é que a maternidade no seu tempo é uma possibilidade real, mas que se conhecer e fazer escolhas inteligentes vai te ajudar a tomar uma decisão mais assertiva, com mais possibilidades e segurança!

Então vamos saber mais sobre o congelamento de óvulos?!

O que é o congelamento de óvulos? 

O congelamento de óvulos é um tratamento de reprodução humana que preserva a fertilidade da mulher. Ele é importante para aquelas que desejam engravidar mais tardiamente, pois mantém a qualidade dos gametas femininos.  

Com o congelamento de óvulos, as chances de uma gravidez via fertilização in vitro com o seu próprio óvulo no futuro são de até 60%. Por outro lado, as chances de conseguir engravidar aos 40 anos, através da fertilização in vitro e sem ter seus óvulos preservados, são de 20%. 

Por que congelar seus óvulos é uma opção inteligente?

Diferentemente do que ocorre com os homens, que produzem espermatozoides ao longo da vida, a mulher nasce com um número de óvulos (cerca de 2 milhões) e não produz mais nenhum deles ao longo da vida. Na primeira menstruação, esse número cai para 400 mil e, a partir daí, a cada ciclo, vai diminuindo. Estima-se que, por volta dos 35 anos, uma mulher tenha cerca de 25 mil óvulos. Assim, vai ficando mais difícil, conforme a idade passa, conseguir uma gestação de maneira natural, pois o número de óvulos vai sendo reduzido.

congelamento de ovulos

O congelamento garante que os gametas manterão a mesma qualidade do dia em que foram congelados, ou seja, se a mulher os congelou aos 25 anos e decidiu engravidar aos 40, a qualidade do óvulo será de uma pessoa de 25 anos.  

Para quem é indicado o congelamento de óvulos

O congelamento, ou criopreservação, é indicado para mulheres que: 

  • Desejam engravidar mais tardiamente; 
  • Precisarão se submeter a tratamentos oncológicos; 
  • Precisarão remover os ovários por doenças benignas ou que serão submetidas a tratamentos de doenças autoimunes que possam comprometer a reserva ovariana; 
  • Em casos de menopausa precoce na família. 

Como o congelamento de óvulos é feito? 

O tratamento de congelamento de óvulos é realizado em quatro etapas: 

1. Preparo 

Antes do procedimento, a paciente é submetida a uma série de exames para avaliar sua saúde e reserva ovariana. 

2. Indução da ovulação 

São administrados medicamentos hormonais, por via oral ou injetável, para estimular os ovários para que vários folículos cresçam, produzindo assim um maior número de óvulos em um só ciclo, aumentando as possibilidades de êxito de uma gestação. Para acompanhar o desenvolvimento folicular, são realizados exames de ultrassonografia – cerca de três a quatro – e de sangue.  

3. Coleta dos óvulos 

Quando os folículos atingem o tamanho ideal, uma nova medicação é administrada para que os óvulos amadureçam. Após 34 a 36 horas da administração do medicamento, a coleta é agendada. A coleta dos óvulos é realizada em torno do 12º dia após o início do estímulo. A paciente recebe uma anestesia simples chamada sedação e, por meio de uma agulha acoplada a um ultrassom endovaginal, os óvulos são coletados. 

4. Congelamento 

Após a captação, o embriologista avalia todos os óvulos captados e aqueles que estão maduros, ou seja, prontos para serem fecundados, são congelados. 

Quando a mulher decide que é o momento certo para engravidar, os óvulos são descongelados para serem fertilizados pelo sêmen do parceiro ou de um doador pelo tratamento de fertilização in vitro (FIV). 

PARA VOCÊ SABER

Oncofertilidade

Muitas pessoas são diagnosticadas com câncer em idade fértil, e para esta situação, existe a oncofertilidade, que tem o objetivo de manter a fertilidade de pacientes com câncer que precisarão se submeter a tratamentos como radioterapia, quimioterapia e cirurgias que podem levar à infertilidade pela destruição de células dos ovários e testículos, por lesões ou pela retirada do útero. E, dentro da oncofertilidade, destacamos o congelamento de óvulos, no caso das mulheres, e sêmem, para os homens.

E, então, acha que conseguimos esclarecer mais sobre o tema? Se ainda tiver qualquer dúvida, nos procure e marque uma consulta!

Ah, e vale você saber: se, no decorrer dos anos, a mulher decidir que não deseja engravidar, ela pode doar seus óvulos para outras mulheres que estão tentando realizar o sonho da maternidade, mas que estão encontrando dificuldades. 

Decida no seu tempo e confie no Cenafert!  

Saiba mais acessando o link abaixo.
https://cenafert.com.br/tratamentos/reproducao-humana/congelamento-de-ovulos/

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Preservação da Fertilidade – quando optar pelo congelamento de óvulos?

O congelamento de óvulos é uma técnica de reprodução assistida que visa preservar a fertilidade para o futuro. É um procedimento seguro e regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina que possibilita à mulher adiar gravidez parao momento oportuno. O tratamento está indicado para mulheres em idade fértil que desejam protelar a gravidez para uma idade mais avançada. Os motivos podem estar ligados à exigências profissionais, à busca por estabilidade econômica ou à falta de parceiro sexual. Pacientes que necessitam realizar tratamentos oncológicos também podem preservar seus óvulos antes da quimioterapia, tendo em vista o impacto negativo dos agentes quimioterápicos sobre os ovários. Dessa forma, toda mulher que deseja ser mãe, mas precisa adiar seu projeto de maternidade, pode recorrer ao congelamento de óvulos.

CRIOPRESERVAÇÃO DE OÓCITOS

No Brasil, um estudo realizado com quase 450 mulheres, com média de idade de 33 anos, abordadas de maneira aleatória através de um questionário disponibilizado pela internet, demonstrou que 85,4% considerariam a criopreservação de oócitos como uma forma de aumentar suas chances de fertilidade futura. A vitrificação de oócitos tem sido empregada em diversos contextos clínicos como alternativa para pacientes oncológicas, a presença de doença ovariana como a endometriose, previamente às cirurgias ovarianas, identificação de reserva ovariana reduzida, em bancos de oócitos para programa ovodoação, como estratégias de prevenção da Síndrome de Hiperestimulação Ovariana (SHO), para acúmulo de oócitos em más respondedoras e para preservação de gametas excedentes, situações de indivíduos transgênero que desejam preservar seus gametas antes de iniciarem o uso de bloqueios e reposições hormonais específicas ou antes de cirurgias para remoção de órgãos reprodutivo. Mas, recentemente, outra aplicação da vitrificação de oócitos tem sido amplamente utilizada em casos onde há o desejo da mulher em postergar a maternidade por razões pessoais, uma vez que o relógio biológico não espera.
Sabe-se que a qualidade atribuída ao oócito, assim como a taxa de fertilização dos gametas e evolução embrionária estão diretamente associados à idade feminina. Uma paciente submetida a um ciclo de FIV com seus próprios oócitos a fresco aos 42 anos tem uma taxa de gravidez de 6,6% por transferência. Caso tivesse feito uma vitrificação de oócitos aos 30 anos, essa mesma paciente, reaproveitando seus óvulos desvitrificados aos 42 anos, num ciclo de reprodução assistida, teria uma taxa estimada de mais de 40% de sucesso em engravidar. Após os 35 anos de idade, a taxa de embriões saudáveis obtidos em ciclos de fertilização in vitro é menor que 50%, decrescendo gradativamente de acordo com a idade, sendo menor que 10% após os 45 anos de idade. O comprometimento do material genético é um dos fatores que mais contribuem para as baixas taxas de sucesso em mulheres com mais de 38 anos que preservam óvulos. Por isso, programas encorajando a procriação entre 20 e 35 anos são recomendáveis e a idade limite que tem sido recomendada para vitrificar oócitos é de até 38 anos, relativos ao prognóstico reprodutivo após esta idade. Melhor ter garantias relativas do que chances escassas e qualidade inexoravelmente afetada com o passar do tempo.
A partir da vitrificação de oócitos, paciente passa a rever prioridades, investe em outros cuidados pessoais como prevenção ginecológica regular, vigilância de miomas, bloqueios de endometriose, reequilíbrio de funções endócrinas e metabólicas, avaliação cardiológica e mamária, mantendo um preparo global, inerente ao plano futuro de gestar com saúde, não permitindo um fenômeno de idealização, mas uma expectativa realista de seus propósitos e perspectivas de procriar por essa estratégia. Nada impede que a paciente possa tentar gestar naturalmente no futuro. Mas a vitrificação de oócitos tem um significado similar ao de uma “apólice de seguros”, cujo custo é alto, os riscos são pequenos e a necessidade de ter de usar torna-se relativa. Desta forma, atendemos aos princípios fundamentais da bioética como a beneficência (abordagem preventiva da infertilidade), não maleficência (feita sob critérios clínicos de seleção do perfil de segurança), justiça e autonomia quando acolhemos o desejo da mulher de vitrificar seus oócitos em idade oportuna.