Menopausa: é possível engravidar nesse período?
A menopausa é uma fase marcante na vida de uma mulher, trazendo muitas mudanças hormonais e físicas. Para muitas, ela é associada ao fim da fertilidade e ao encerramento da capacidade de engravidar.
No entanto, com os avanços da medicina reprodutiva, a questão da gravidez na menopausa se tornou uma possibilidade mais acessível do que nunca.
Mas, será que é realmente possível engravidar nesse período? Quais são os desafios e os riscos? Vamos explorar essas questões de forma detalhada neste artigo!
O que é menopausa?
A menopausa é o estágio da vida de uma mulher em que o ciclo menstrual cessa permanentemente, sinalizando o fim da fase reprodutiva. Essa fase é um processo natural, que pode acontecer entre os 45 e 55 anos de idade, sendo caracterizada pela interrupção da produção dos hormônios sexuais femininos, estrogênio e progesterona, pelos ovários.
O diagnóstico de menopausa é feito quando a mulher passa 12 meses consecutivos sem menstruar. Embora o corpo feminino ainda passe por alguns ciclos hormonais esporádicos, a produção de óvulos se torna praticamente inexistente.
Esse evento não acontece de forma abrupta. A menopausa é precedida por um período chamado de climatério, em que os níveis hormonais começam a diminuir gradualmente, gerando uma série de sintomas que afetam a qualidade de vida da mulher.
Climatério x menopausa: quais são as diferenças?
O climatério e a menopausa são frequentemente confundidos, mas possuem significados distintos.
Existem diferenças grandes entre os dois processos. Por exemplo, o climatério é o processo de transição entre a fase reprodutiva e a não reprodutiva, durante a qual os níveis hormonais começam a flutuar. Durante o climatério, ainda há a possibilidade de ovulação, embora irregular, o que significa que a gravidez natural ainda é possível.
Já a menopausa refere-se ao último ciclo menstrual e marca o fim da fase reprodutiva da mulher, quando a ovulação cessa definitivamente.
Sintomas da menopausa
Os sintomas da menopausa podem variar de mulher para mulher, porém, alguns dos mais comuns incluem:
Ondas de calor (fogachos)
Sensação repentina de calor intenso que afeta principalmente a parte superior do corpo, muitas vezes acompanhada de suor excessivo.
Suores noturnos
Versão noturna das ondas de calor, que podem prejudicar a qualidade do sono.
Secura vaginal
Devido à queda do estrogênio, a lubrificação natural da vagina diminui, causando desconforto durante as relações sexuais.
Alterações de humor
A flutuação hormonal pode desencadear irritabilidade, ansiedade e, em alguns casos, depressão.
Diminuição da libido
Existe uma queda hormonal que também pode afetar o desejo sexual. Isso é comum durante a menopausa.
Insônia e fadiga
Dificuldades para dormir são comuns, muitas vezes relacionadas aos suores noturnos e mudanças hormonais.
Perda de massa óssea
A diminuição do estrogênio está diretamente ligada à perda de densidade óssea, aumentando o risco de osteoporose.
Ciclos menstruais irregulares
Antes do cessar completo, a menstruação pode se tornar mais espaçada ou, em alguns casos, muito mais frequente.
Esses sintomas variam em intensidade e podem persistir por vários anos, exigindo, em alguns casos, tratamentos médicos como a terapia de reposição hormonal (TRH) para aliviar o desconforto.
Afinal, é possível engravidar na menopausa?
Após a menopausa, a mulher não produz mais óvulos, tornando a gravidez natural praticamente impossível.
Contudo, com as técnicas modernas de reprodução assistida, como o congelamento de óvulos e a doação de óvulos, é possível que uma mulher menopausada tenha uma gestação.
Congelamento de óvulos
O congelamento de óvulos é uma solução eficaz para mulheres que desejam adiar a maternidade ou que podem enfrentar tratamentos que afetem sua fertilidade, como quimioterapia. Nesse processo, os óvulos são retirados dos ovários da mulher ainda em sua fase fértil e congelados para uso futuro.
Se a mulher já passou pela menopausa, mas congelou seus óvulos enquanto era mais jovem, esses óvulos podem ser utilizados em um processo de fertilização in vitro (FIV). Isso permite que, mesmo após a menopausa, a mulher possa engravidar usando seus próprios óvulos.
Doação de óvulos
Se a mulher não tem óvulos próprios congelados, outra alternativa é recorrer à óvulos doados para realizar a Fertilização in vitro.
Nesse procedimento, óvulos de uma doadora jovem são fertilizados com o espermatozoide do parceiro ou de um doador, e o embrião resultante é implantado no útero da mulher menopausada.
E sim, o útero, mesmo após a menopausa, pode ser preparado com hormônios para suportar a gestação.
Existem riscos na gravidez após a menopausa?
Com certeza você já ouviu falar que quanto mais a mulher tem uma idade avançada, mais a gravidez torna-se uma situação delicada. Bom, é verdade.
Embora a gravidez após a menopausa seja viável com a ajuda da reprodução assistida, é importante estar ciente dos riscos aumentados associados a essa fase da vida. Algumas complicações incluem:
- Hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia
- Diabetes gestacional
- Parto prematuro
- Baixo peso ao nascer
- Ter que fazer cesariana
- Problemas cardiovasculares
Devido a esses riscos, a gravidez após a menopausa exige acompanhamento médico rigoroso, com consultas frequentes e monitoramento de perto para garantir a saúde da mãe e do bebê.
Agende sua consulta no Cenafert!
Se você está passando pela menopausa ou pelo climatério e ainda tem o desejo de engravidar, saiba que existem opções. No Cenafert, nossos especialistas em fertilidade podem orientá-la sobre as melhores soluções dentro da reprodução assistida, desde a utilização de óvulos previamente congelados até a FIV com a utilização de óvulos doados.
Entre em contato com o Cenafert e agende sua consulta para discutir suas opções e receber acompanhamento especializado em cada etapa do processo. Mesmo após a menopausa, com o apoio certo, o sonho de ser mãe ainda pode se tornar realidade.
Dra. Gersia Viana
CRM 11978 | RQE 3736 | RQE 21453 | RQE 3257