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Saúde da mulher: principais doenças ginecológicas

O sonho de engravidar faz parte da vida de diversas mulheres. Para isso, é necessário que elas cuidem muito bem da saúde, porque caso tenha alguma das doenças ginecológicas, seja possível tratar de maneira adequada. 

Além disso, caso a condição já tenha afetado a fertilidade de alguma maneira, isso não quer dizer que o desejo de ser mãe precisa ser esquecido. Existem outras maneiras para que a reprodução seja eficaz. 

Leia em nosso artigo e descubra quais são as doenças ginecológicas mais populares, como elas afetam diretamente a fertilidade e quais são as opções para fazer uma reprodução assistida. 

Como funciona o útero?

O útero é um órgão muscular em forma de pêra localizado na pelve feminina. A sua principal função é abrigar e nutrir um embrião em desenvolvimento durante a gravidez. O revestimento interno do útero, chamado endométrio, passa por mudanças cíclicas em resposta a hormônios durante o ciclo menstrual. 

Se a fertilização do óvulo não ocorrer, o endométrio é descartado durante a menstruação. O útero também está envolvido no processo de parto, onde suas contrações ajudam a “expulsar” o bebê do corpo da mãe.

Ciclo menstrual: uma rápida explicação 

O ciclo menstrual é um processo cíclico que ocorre aproximadamente a cada 28 dias em mulheres em idade reprodutiva. Ele é regulado por hormônios e dividido em quatro fases: a fase menstrual, a fase folicular, a ovulação e a fase lútea. Durante a fase menstrual, o endométrio é eliminado do corpo.

Na fase folicular, os folículos ovarianos crescem e se desenvolvem, culminando na ovulação, onde um óvulo maduro é liberado. Se não houver fertilização, a fase lútea termina com a desintegração do corpo lúteo e o início de um novo ciclo menstrual.

Cólicas menstruais: quando percebemos que tem algo de errado?

As cólicas menstruais, ou dismenorreia, são comuns durante a menstruação. No entanto, se as cólicas são extremamente dolorosas, duram muitos dias ou interferem significativamente nas atividades diárias, isso pode indicar um problema subjacente, como endometriose ou miomas uterinos. 

Vale ressaltar que é necessário consultar um médico para identificar a causa das dores fortes e receber o tratamento adequado.

Quais são as principais doenças ginecológicas?

Agora que compreendemos como o útero e o ciclo menstrual funcionam, conheça quais são as doenças ginecológicas mais populares e como são realizados os tratamentos dessas condições.

Endometriose 

De acordo com o Ministério da Saúde, uma a cada dez mulheres brasileiras têm endometriose.

Essa é uma condição onde o tecido semelhante ao endométrio cresce fora do útero, em áreas como ovários, trompas de falópio e outras regiões pélvicas. Isso pode causar dor intensa, irregularidades menstruais e infertilidade. 

Essa condição pode parecer como endometriose superficial ou profunda, onde os sintomas podem parecer com maior ou menor intensidade. Após descobrir,  junto com o ginecologista, que tipo de doença a mulher carrega, o tratamento pode incluir medicamentos para aliviar a dor, terapias hormonais e, em casos graves, cirurgia.

Síndrome do Ovário Policístico (SOP)

A SOP é um distúrbio hormonal comum que causa irregularidades menstruais, excesso de hormônios masculinos (andrógenos) e múltiplos pequenos cistos nos ovários. Os sintomas podem incluir acne, ganho de peso, crescimento excessivo de pelos e dificuldades para engravidar. 

O tratamento pode envolver mudanças no estilo de vida, medicamentos para regular o ciclo menstrual e reduzir os níveis de andrógenos, além de tratamentos para a infertilidade.

Vale ressaltar que essa doença é bem popular entre as mulheres. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a síndrome do ovário policístico acomete de 6 a 10% das mulheres em idade fértil.

Mioma uterino 

Miomas uterinos são tumores benignos que crescem na parede do útero. Eles podem causar sintomas como sangramento menstrual intenso, dor pélvica e problemas urinários. 

O tratamento pode variar de medicamentos para aliviar os sintomas até procedimentos cirúrgicos para remover os miomas.

Câncer no útero 

O câncer do útero pode afetar o endométrio (câncer endometrial) ou o colo do útero (câncer cervical). 

O câncer endometrial é mais comum em mulheres pós-menopáusicas e pode causar sangramento anormal. 

O câncer cervical é frequentemente associado ao vírus do papiloma humano (HPV) e pode ser detectado precocemente através de exames de Papanicolau. 

O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Oncofertilidade

Os tratamentos para o câncer, como quimioterapia e radioterapia, podem afetar a fertilidade. Visando em preservar o sonho de criar uma família de pacientes oncológicos, a área de Oncofertilidade é um campo que visa preservar a fertilidade de pacientes com câncer.

Métodos de preservação incluem criopreservação de óvulos, embriões e tecido ovariano, além de técnicas para proteger os ovários durante o tratamento.

Essas doenças podem afetar a fertilidade da mulher?

Doenças como endometriose, síndrome do ovário policístico (SOP) e miomas uterinos podem impactar negativamente a fertilidade. Essas condições podem interferir na ovulação, na implantação do embrião ou causar danos às estruturas reprodutivas, dificultando a concepção.

Reprodução assistida 

Com a evolução da medicina e tecnologia, a reprodução natural não é a única forma de conceber uma criança. Atualmente, todo tipo de família pode optar em buscar clínicas para darem início a algum tratamento de reprodução assistida.

FIV

A FIV é uma técnica de reprodução assistida onde os óvulos são fertilizados com espermatozoides em laboratório. Após a fertilização, os embriões são cultivados e transferidos para o útero da mulher. 

A FIV é usada para tratar diversas causas de infertilidade, incluindo bloqueio das trompas de falópio, infertilidade masculina severa e endometriose.

Inseminação artificial

A inseminação artificial, ou inseminação intrauterina (IIU), envolve a inserção de espermatozoides diretamente no útero durante o período ovulatório. Este método é frequentemente usado para tratar infertilidade causada por problemas leves de esperma, distúrbios ovulatórios ou infertilidade inexplicada. 

Esse é um método menos invasivo e com maior custo-benefício que a FIV. Porém, pode ser mais eficaz em casos menos complexos de fertilidade. 

Agende uma consulta na Cenafert! 

Para escolher o tratamento mais adequado, é indicado que a mulher procure uma clínica especializada em reprodução assistida.

O Cenafert é referência em reprodução assistida em Salvador e região. Contamos com uma equipe multidisciplinar formada por ginecologistas, especialistas em medicina reprodutiva, psicóloga, anestesista, andrologista, embriologistas, biomédicas, enfermeiras e toda equipe de atendimento e administrativa pronta para receber você!

Dra. Sofia Andrade

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